sábado, 16 de junho de 2007

Como Conviver em Paz

A gente nasce pelado, sem eira nem beira, ... na primeira vez que vemos a luz, ela faz doer os olhos (sim, enxergar dói, quando se passa 9 meses sem ver a luz). A sensação deve ser parecida com quando estamos dormindo e alguma anta entra no quarto e abre a janela de vez. Eu, particularmente, vou me adaptando à luz gradativamente quando acordo...é um verdadeiro ritual de "despertar". Lááá no fim, depois de uns 10 min, o abajur já ligado na luz fraca há um tempo, é que eu abro a janela. Se eu não fizer assim, se eu acordar e já me expôr à luz natural, passo o dia com o rosto marcado. Estranho, né?
Mas voltando ao assunto: a gente nasce pelado, sem eira nem beira.... alguém tem que nos limpar, nos vestir e alimentar ...e dependemos de alguém também pra falar, andar, brincar, tomar banho, comer,....ir à escola, estudar...e mais na frente, pra compartilhar a vida...nos aturar nos péssimos momentos, nos segurar quando estamos com os nervos à flor da pele...alguém que nos ame e que nos ajude a evoluir...alguém pra implicar, conversar, rir.

Mas companhia nem sempre significa segurança. Antes só do que mal acompanhado, já diziam por aí há muito tempo. Precisa-se saber escolher com quem conviver. A maior mentira que dizem por aí é:os opostos se atraem.Como assim?????? Pra viver em harmonia, quanto mais coisas em comum, melhor!! Se eu sou caseira, dispenso um baladeiro...pois nem vou querer ir à força sempre pros lugares que ele gosta (pode ser forró, festas loucas) e também não vou querer que ele vá sem mim...fica uma coisa um tanto estranha. Ao passo que uma pessoa com mesma preferência que eu vai curtir ficar em casa num sábado vendo filmes e comendo uma boa pizza, caminhar a tarde ... ou até sair de vez em quando...e isso não vai ser ruim pra nenhum dos dois. Tranqüilidade é o que há..isso eu falo por experiência própria.

É preciso saber selecionar ...já amigos podem ser bem diferentes de nós, pois a vida com TODO MUNDO IGUAL deve ser uma chatice. É preciso também colorir. Mas pra uma convivência permanente, diária, onde se divide teto e cama, as diferenças podem pesar nas conseqüências.... ou os motivos da separação não são as diferenças? Ou não se atura o humor do outro, ou a indiferença, ou o jeito de ver a vida... por isso existem tantos divórcios por aí.

Eu sou tranqüila, mas não acho que uma pessoa diferente de mim, que viva uma vida bem marcante, seja pior do que eu. Eu gosto de sair também...não sou uma eremita.Mas não é algo que aconteça com TAAANTA freqüência. Não gosto de apenas um tipo de música, não tenho nada que me defina demais, por gostar de tudo um pouco. E sempre soube que o amor da minha vida eu não ia encontrar num show de pagode, por exemplo (até pq DETESTO pagode ... não ia ser feliz com alguém que ligasse o som no pagode todo sábado).

A pessoa ideal é aquela que te completa....não a que te divide. E isso vale não só pra namoros...mas pra qualquer tipo de convivêcia diária.

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