O Último Moonwalker
Ele se foi numa quinta-feira triste de outono. Ao invés das injustas pedras que vinha levando há tanto tempo, ele recebeu merecidas flores.
Antes de tudo, quero deixar claro que eu já era fã do MJ, não comecei a ser de repente, como tantos que surgiram do nada com a onda da notícia de sua morte. Não vou falar sobre a hipocrisia mundial da mídia, que pintava um Michael derrotado, mosntruoso, criminoso, bizarro e, de repente, resolveu pôr MJ no seu devido pedestal. Não é momento disso. O astro hoje é única e exclusivamente MICHAEL JACKSON.
Porque ele era o MÁXIMO (e sempre será).Ele era o máximo! Eu tinha uns nove anos quando o vi pela primeira vez, no clipe "Black or White". Depois, vi "Remember the Time", aquele no Egito, divertidíssimo. Quando vi o filme "Moonwalker", eu já tinha uma admiração insana por ele! Cada clipe era um mini-filme, a produção era DEZ (como nenhuma hoje consegue ser), dirigidos por até mesmo Spilberg e outros grandes nomes de diretores cinematográficos. Quem nunca tentou fazer o moonwalker de meia num chão liso?
Apesar da crucificação midiática que custou sua imagem e sucesso, ele continuou (e continua) sendo o que mais vendeu discos no mundo (graças ao álbum "Thriller", de 1984). Ele era uma pessoa linda, que lutou bravamente pelos desfavorecidos, doentes, crianças, pela paz mundial, contra a fome e o descaso com que era tratada a África. Ele sempre me encheu de orgulho. Tinha lá suas megalomanias, mas dava contribuições de muito peso para que o mundo fosse um lugar melhor. Apesar disso, vem um feladaputa de um crente, desses neuróticos que, com a cara mais lavada do mundo, me aparece num blog dizendo sentir "profunda tristeza" pela morte de MJ, pq "de que vale o homem ter todas as riquezas do mundo e perder sua alma?", pq Deus tb não tem prazer na morte do ímpio (mas esse crentão com certeza sentiu um gostinho de satisfação em ver um rico morrer, afinal, ricos não serão salvos, não é mesmo? Só se derem o dízimo e forem evangélicos, necessariamente nessa ordem, ou até mesmo, considerando apenas a primeira opção). Tudo isso só pode ser recalque afinal, imagine quanto seria o DÍZIMO de Michael ?? MJ fez pelo próximo o que esse tosco jamais imaginou fazer de coração, muito mais relevante do que gastar os bancos da igreja com a bunda todo domingo. Melhor eu parar por aqui, hoje a estrela é outra pessoa.
Apesar da crucificação midiática que custou sua imagem e sucesso, ele continuou (e continua) sendo o que mais vendeu discos no mundo (graças ao álbum "Thriller", de 1984). Ele era uma pessoa linda, que lutou bravamente pelos desfavorecidos, doentes, crianças, pela paz mundial, contra a fome e o descaso com que era tratada a África. Ele sempre me encheu de orgulho. Tinha lá suas megalomanias, mas dava contribuições de muito peso para que o mundo fosse um lugar melhor. Apesar disso, vem um feladaputa de um crente, desses neuróticos que, com a cara mais lavada do mundo, me aparece num blog dizendo sentir "profunda tristeza" pela morte de MJ, pq "de que vale o homem ter todas as riquezas do mundo e perder sua alma?", pq Deus tb não tem prazer na morte do ímpio (mas esse crentão com certeza sentiu um gostinho de satisfação em ver um rico morrer, afinal, ricos não serão salvos, não é mesmo? Só se derem o dízimo e forem evangélicos, necessariamente nessa ordem, ou até mesmo, considerando apenas a primeira opção). Tudo isso só pode ser recalque afinal, imagine quanto seria o DÍZIMO de Michael ?? MJ fez pelo próximo o que esse tosco jamais imaginou fazer de coração, muito mais relevante do que gastar os bancos da igreja com a bunda todo domingo. Melhor eu parar por aqui, hoje a estrela é outra pessoa.
Porque ele (en)cantava (e encanta).Michael tinha uma voz suave. A música brotava dele como fosse parte de seu corpo. MJ fechava os olhos, abria a boca e flutuávamos. Ele cantando "Human Nature" mudava a atmosfera do mais hostil dos ambientes.
Porque ele era um monstro.Por outro lado, um Michael extremamente oposto tomava conta do lugar e nem de longe lembrava o primeiro. Aquele furacão conseguia movimentar-se sincronicamente, por incrível que pareça. Agora, Michael abria a boca e seu grito rasgado nos arrepiava até os cílios, nos tirava do chão, nos fazia vibrar. Definitivamente, não era o mesmo cara que dava entrevistas com voz quase infantil, ou que cantava "Ben", música que o lançou de uma vez para o mundo.
Não, mesmo. Agora, era a vez do monstro Michael Jackson. Seus movimentos hipnóticos, os quais se perdiam na menor piscadela que déssemos.
Não, mesmo. Agora, era a vez do monstro Michael Jackson. Seus movimentos hipnóticos, os quais se perdiam na menor piscadela que déssemos.
Seus gritos não brotavam: ecoavam violentamente da alma
Já na sua época "black" eu nem tinha nascido. Bom, na verdade, eu nasci no ano de "We Are The World", mas estava longe de tropeçar nele. Tenho orgulho de ter nascido no ano em que uma de suas mais notáveis atitudes, talvez a mais célebre, aconteceu, que foi quando houve a gravação desta música nas vozes dos mais renomados cantores do mundo. De autoria dele. Naquela época, Michael fazia um apelo ao mundo para que as pessoas olhassem mais umas pelas outras, para que o planeta fosse um lugar melhor, que pessoas estavam morrendo de fome e de moléstias ao léo e que dependia de nós mudar esse quadro. Louvável! Isso vindo de um artista do calibre dele tem muito mais repercussão do que se imagina.
Enfim, ele tinha estilo, era original. Cantor, compositor, coreógrafo, dançarino, ator .... SHOWMAN. Michael lotou e lotaria os lugares onde se apresentasse. Eu tinha esperança de um dia estar em um desses lugares. Não deu.
Viva agora a paz que te faltou nesses últimos tempos.
Te amo.
Viva agora a paz que te faltou nesses últimos tempos.
Te amo.
